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MMA Kickoff Brasil: 54% dos brasileiros percebem IA como fator de mudança

Ligia Mello, da Hibou, falando ao microfone

A maioria dos brasileiros já percebeu a importância da Inteligência Artificial. 54% disseram  que a AI já está mudando algo em suas vidas, segundo uma pesquisa realizada pela Hibou Pesquisas e Insights. O resultado do estudo foi apresentado na palestra “2023, o ano da inteligência artificial?”, ministrada por Ligia Mello, sócia e CSO da empresa, durante o MMA Kick Off Brasil, que reuniu líderes de marketing no dia 1º de março, na sede da Pernod Ricard, em São Paulo (SP). 

A executiva falou sobre o momento em que a inteligência artificial está e explicou que erros fazem parte do processo. “A tecnologia é um processo interativo. Ele sempre vai estar se atualizando. É como um espiral de projeto. Volta e meia, depois de um ciclo, você reavalia e começa de novo. O processo da inteligência artificial é exatamente o mesmo caminho”, disse. Segundo Ligia, as atualizações vão seguir acontecendo, como a do buscador Bing, que está usando a inteligência artificial para transformar a experiência de busca em uma conversa. “São essas mudanças que o mercado vai trazer de uma maneira muito rápida. Vai ter erro? Claro que vai. E vai continuar tendo”, afirmou. 

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ChatGPT: como a IA pode ser útil ao marketing

A adoção de novas tecnologias tendem a seguir o Gartner Hype Cycle, com o pico das expectativas infladas logo após o acionador de inovação, seguidos pelo vale da desilusão, a ladeira da informação e finalmente a planície da produtividade. “Muita coisa nasce. A gente fala: esse cara deu supercerto no Vale do Silício. Mas quantos quebraram para ele dar certo? Tem um estudo do ano passado que diz que é 1 a cada 70 que dá certo. Não é tudo o que funciona. A coisa precisa ser útil. O consumidor não quer nada que não tenha utilidade para ele. Pode ser um supérfluo, mas que não vai ser peso de papel depois”, falou. 

Ligia citou o Kinect do X-box, o laptop touch, o app Club House, a TV 3D e o Blu-Ray 3D como exemplos de movimentos que tiveram sua curva de crescimento, mas não continuaram em alta. “Não quer dizer necessariamente que a coisa vai morrer depois ou que ela não funcione, mas ela simplesmente não vai ter esse volume de pessoas. O Club House está lá, mas não é aquele tamanho gigante”, contou. 

Durante a palestra, a executiva mostrou algumas plataformas de inteligência artificial que já existem, como o advogado robô Do Not Pay; a tecnologia Eye Contact, da NVidia; e o editor de imagens Lensa. Outro exemplo lembrado foi a Vocaloid, uma plataforma de áudio que  possibilitou que Kim Kwang-Seok, um cantor coreano morto há 25 anos, “cantasse” 700 músicas de diferentes artistas. A voz dele foi sintetizada a partir de 20 músicas que ele havia gravado. “Hoje você precisa de 30 segundos de sampling na plataforma para criar um discurso com a sua voz. É legal? É, mas imagina o quanto de fake news vai ter por aí”, alertou. 

A executiva também abordou o destaque do momento: o ChatGPT, que alcançou 1 milhão de usuários 5 dias após o lançamento. “Aqui no Brasil a gente já sabe que, dos 6% que usaram, 66% não vão voltar. Entraram lá por curiosidade para ver como funcionava. Vai ser uma ferramenta muito importante de trabalho para a gente, que está se comunicando com as pessoas”, disse. 

Pesquisa

Entre as descobertas do estudo da HIbou está a necessidade de transparência no uso das novas tecnologias pelas marcas. 76% dos entrevistados consideram obrigatório avisar quando o atendimento é feito por uma máquina e 31% acreditam que o atendimento ao cliente vai melhorar com o uso da inteligência artificial. 

Para 78% dos brasileiros, a inteligência artificial pode roubar o emprego das pessoas e para evitar isso 51% dizem que precisam ser criadas leis para limitar o uso de AI e 45% acham que se deve exigir operadores humanos para o uso de AI. 

O estudo também quis saber como as marcas poderiam usar a inteligência artificial. As respostas com maior incidência foram respondendo de uma forma que eu entenda (52%), entendendo facilmente o que eu falo (43%), me ajudando/ensinando a usar melhor os produtos (42%), ouvindo minhas reclamações (39%) e agilizando o acesso ao meu histórico (33%). 

A partir do resultado da pesquisa, a executiva destacou 4 dicas para o uso da inteligência artificial pelas marcas: deixe claro que tudo é beta; treine o próprio modelo; tenha equipe capacitada; e não seja forasteiro da inovação. 

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