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“Liderar é servir”, afirma Diego Ribas, ex-jogador e palestrante

Revelado como um dos Meninos da Vila do Santos, com passagens marcantes pelo Flamengo e pelo futebol europeu, e hoje em nova fase como comentarista e palestrante, Diego Ribas apresentou, no palco do MMA Impact Brasil 2025, lições de liderança, mentalidade e foco — temperadas com histórias reais de superação no esporte de elite.

O ex-jogador compartilhou aprendizados acumulados em quase 2 décadas de carreira. “Minha personalidade sempre foi marcada pela liderança”, afirmou. Mas fez questão de alertar: o posto de líder pode revelar vulnerabilidades. “Antes eu era impulsivo, vaidoso, egoísta. A faixa de capitão me colocou numa posição que expôs o que eu tinha de pior”, falou.

Ao longo da trajetória, ele passou por mais de 40 treinadores, de diferentes nacionalidades e estilos. “Em alguns momentos, foram bons líderes, em outros foram péssimos”, disse. A convivência com tantos perfis o levou a uma convicção: liderança nada tem a ver com privilégios. “Pouquíssimas pessoas, ao assumir um cargo de liderança, param para refletir sobre como vão poder servir os outros a partir daquele posto. Liderar é servir”, afirmou.

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Aos 19 anos, enfrentou sua primeira rejeição marcante: um treinador português o descartou do elenco. “Saí para jogar na Europa cheio de sonhos”, relembrou. Em vez de voltar ao Brasil, decidiu se arriscar. “Fui para a Alemanha, onde achava que era frio, o idioma era difícil, a comida diferente. Quando cheguei lá, encontrei um treinador que não foi só um treinador, foi um líder de verdade”, disse.

Segundo ele, esse técnico — Thomas Schaaf, que fez história do Werder Bremen — chegava a correr ao seu lado nos treinos, acompanhava batimentos cardíacos, dava atenção e incentivo. “Ele me disse que eu viveria ali os meus melhores dias como jogador”, contou. De fato, Diego se tornou ídolo no clube.

E mais: 2 anos após ser dispensado em Portugal, Diego estava na lista da FIFA dos 23 melhores do mundo. “Quando o líder sabe liderar, ele transforma vidas. Mas o discurso mais empolgado do mundo só funciona se o liderado estiver disposto a pagar o preço. Senão, é só mais um discurso”, explicou.

A preparação obsessiva, segundo ele, é um dos pilares da alta performance. “Entrar em campo com 80 mil pessoas assistindo exige foco, concentração e preparo implacável. Mas só isso não basta: é preciso atitude. E só o fato de ter atitude já te coloca em outro nível”, afirmou.

Na reta final da carreira, voltou ao Brasil e viveu um dos momentos mais marcantes no Flamengo. Era capitão quando Jorge Jesus assumiu o time — mas não estava presente no primeiro treino por causa de um problema técnico em um voo. “Depois de muita insistência, ele me recebeu na sala e deu uma bronca sobre responsabilidade. E eu disse uma palavra difícil para mim: ‘desculpa’. O primeiro passo para a mudança é a auto-responsabilidade”. O episódio marcou uma virada.

Hoje, fora dos gramados, Diego usa o microfone para compartilhar o que aprendeu jogando sob pressão. “A cada 90 minutos, você erra e acerta, lidando com julgamento simultâneo. O tempo todo precisa tomar a melhor decisão, com foco absoluto”, disse.

Aos que se perguntam sobre o que vem depois de uma carreira no esporte, ele é direto: “Antes se dizia que jogador de futebol morre 2 vezes. É mentira. A gente tem uma vida inteira pela frente. E o que um atleta de alta performance vive é muito valioso”, contou.

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