72% dos usuários de smartphones que pretendem trocar de aparelho nos próximos 12 meses, os chamados mobile intenders, concordam com a afirmação de que os celulares são não apenas um produto de tecnologia, mas também parte de sua identidade. O dado faz parte do Estudo Global de Intenção de Compras e Smartphones, realizado pela Teads em parceria com a GWI, em 17 países.
“Para além da utilização diária (consumo de conteúdo, compras, fotos e jogos), o smartphone impacta diretamente na construção de imagem dos usuários: 72% dos mobile intenders os consideram como parte de sua identidade e mais do que a metade acredita que se sabe muito sobre alguém com base no smartphone que possui”, afirma Cau Stéfani, Insights & Research Manager BR da Teads.
A pesquisa também mostrou que, globalmente, para 48% dos mobile intenders, o smartphone é um indicador de sucesso. Além disso, 80% concordam parcial ou totalmente que as funcionalidades do aparelho são mais importantes que a marca e 79% preferem um smartphone com uma boa relação custo-benefício do que uma marca popular.
“A relação das pessoas com seus smartphones está relacionada a uma construção de imagem pessoal. Entretanto, os usuários também consideram a funcionalidade primordial. Com o amadurecimento do IOT no Brasil, aparelhos conectados e wearables se tornarão cada vez mais acessíveis. Isso aumentará a importância que a qualidade do NFC/Wireless connection possuem atualmente na decisão de compra, por exemplo”, opina Cau.
As funcionalidades mais importantes para os consumidores que pretendem trocar de smartphone em breve são duração da bateria (83%), qualidade da câmera (76%), processador/RAM (77%), sistema operacional (71%) e durabilidade (71%).
Os principais usos que os mobile intenders fazem de seus smartphones são acessar redes sociais (87%), assistir a vídeos (85%), tirar fotos (85%), mandar mensagens (82%) e fazer compras on-line (81%). Entre os motivos que aumentariam a propensão do consumidor a comprar um novo aparelho estão a possibilidade de cashbacks (50%), as inovações de hardware (50%) e as promoções (47%).
Embora troquem de smartphone com frequência, os mobile intenders se dizem preocupados com o meio ambiente. 27% responderam que soluções de reciclagem são uma parte importante no processo de compra de um novo aparelho; 68% afirmaram pagar mais por produtos eco-friendly e 71% esperam que as marcas tenham responsabilidade social e sejam eco-friendly.
Quem são os mobile intenders?
58% dos usuários de smartphones do Brasil, ou seja, aproximadamente, 6 em cada 10, pretendem trocar de aparelho nos próximos 12 meses. O índice coloca o país em 4º lugar, atrás de Estados Unidos (62%), México (59%) e Índia (58%).
Segundo a pesquisa, 78% dos mobile intenders brasileiros pretendem trocar de aparelho em até 6 meses. O índice é ainda maior entre os de alta renda (82%) e os Millennials (80%).
Entre os mobile intenders brasileiros, 67% concordam que o smartphone é uma de suas posses mais importantes, 60% estão muito satisfeitos com seus aparelhos e 50% possuem seus smartphones há menos de 1 ano.
Lealdade
O estudo da Teads aponta que os consumidores que pretendem trocar de aparelho em até 1 ano não são leais às marcas. Globalmente, 74% consideram trocar de fabricante na próxima aquisição. Em toda a América Latina, o índice é de 86% e, no Brasil, de 84%.
Os principais motivos que os levariam à mudança são maior duração da bateria (53%), dispositivo mais ágil/rápido (43%) e melhor câmera (43%).
As marcas mais consideradas globalmente são Samsung (63%), Apple (47%), Xiaomi (31%) e Huawei (25%). No Brasil, as 3 primeiras que se destacam no resto do mundo mantêm a liderança: Samsung (74%), Apple (52%) e Xiomi (49%), mas o 4º lugar fica com Motorola (44%).
O que eles consomem
Os principais conteúdos acessados ao menos 2 ou 3 vezes por mês pelos mobile intenders são entretenimento (68%), tech & teico (62%), economia & finanças (58%) e notícias locais e internacionais (56%).
Segundo a pesquisa, 60% dos mobile intenders brasileiros descobrem novos dispositivos em artigos digitais. Globalmente, esse índice é de 65%. 87% desses consumidores, no Brasil, e 84%, no mundo, estão pensando em mudar de marca.