64% dos brasileiros, ou aproximadamente 6 em cada 10, dizem acreditar que a Inteligência Artificial já está mudando suas vidas atualmente. Esse é um dos resultados da pesquisa realizada pela Hibou para entender como essa tecnologia está sendo recebida e usada no País.
Ainda sobre a influência da tecnologia em suas vidas, 18% não acreditam que a IA vá mudar algo em sua vida hoje ou nos próximos anos; 13% responderam que a IA vai mudar algo em suas vidas já nos anos de 2024 a 2030; e 5% falaram que as mudanças causadas pela tecnologia só virão a partir de 2030. Segundo o estudo, feito em novembro de 2023 com 1.880 respostas, 97% dos brasileiros já ouviram falar de IA.
A pesquisa também verificou as impressões sobre o uso de IA no atendimento ao consumidor: 35% acham ok ser atendido por uma IA, sendo que para 31% isso está condicionado à solução do problema. Outros 26% não gostam de falar com a máquina, mas consideram ok se o problema for resolvido.
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Um ponto importante levantado pela pesquisa é a eficiência da IA. 49% dos entrevistados não souberam dizer se o uso de IA vai melhorar a experiência de compra, oferecendo produtos e serviços melhores, e 29% disseram que isso não vai acontecer. Apenas 1 em cada 5 acredita que as marcas poderão ser mais assertivas com inteligência artificial.
Para se beneficiar do chatGPT ou outras formas de IA, as marcas podem responder de maneira que o cliente entenda (48%), entender o que ele quer (47%) e ajudar a usar melhor os produtos (42%).
Também foi questionado quais seriam os trabalhos que a IA deveria ser proibida de executar. No topo da lista aparece criando deep fake (50%), seguido por diagnóstico médico (44%), defendendo clientes em um tribunal (42%), dirigindo carro/caminhão (36%) e sugerindo políticas públicas (22%).
A IA é vista por muita gente como ameaça aos postos de trabalho. 87% acham que a tecnologia pode roubar os empregos das pessoas. Como alternativa para proteger os empregos foram sugeridas leis que limitem o uso pelas empresas (61%), exigência de operadores humanos para o uso de IA (44%), criação de políticas de transferência de renda que permitam a automação com manutenção do padrão de vida das pessoas (22%) e boicote a empresas que substituam trabalhadores com IA (8%). Um dado relevante que apareceu foi que 48% cancelariam uma marca como forma de protesto por empregos perdidos.
Os entrevistados também citaram os tipos de trabalhadores que, na opinião deles, já sofreram com a perda de vagas devido a evolução tecnológica. Funcionários de fábricas (49%), tradutores (45%), dubladores e locutores (36%), atendentes de caixa (35%), bancários (31%) e desenhistas (31%) foram os mais citados.