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Pesquisa da GfK aponta oportunidades com Inteligência Artificial

Com o objetivo de mensurar as oportunidades de negócio e apontar caminhos estratégicos para aproveitar a Inteligência Artificial, a GfK realizou a pesquisa “AI + Retail Media: Desafios e Oportunidades para as Marcas”. 

“Sabemos que as IAs, hoje, não se limitam apenas a devices ou dispositivos tecnológicos, elas são, sobretudo, possibilidades. Ao permitir a conexão com várias tecnologias e uma interação maior com o usuário, as IAs abrem novas possibilidades para a jornada de consumo, potencializando seus desafios e também oportunidades. Esse estudo visa descortinar todas essas informações, calcando sempre a análise com dados concretos e atualizados do mercado brasileiro, global e latino-americano”, explica Henrique Mascarenhas, Diretor Comercial de Brasil e América Latina da GfK.

De acordo com o executivo, a pesquisa da GfK aponta uma série de comportamentos e valores relacionados direta ou indiretamente às IAs em ascensão. Ele destaca duas tendências: a valorização da saúde e do tempo. 

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“Indo para um comportamento macro, observamos em todo o mundo, mas com maior destaque no Brasil e América Latina, uma valorização grande da saúde nos últimos três anos. Os brasileiros e os latino-americanos estão mais preocupados com a sua própria saúde e bem-estar. A saúde é um valor muito ou extremamente importante para 80% da população brasileira e para 75% da latino-americana, um aumento de 7 e 3 pontos percentuais, respectivamente, em relação ao ano anterior”, explica Mascarenhas.

Entre os dados apontados pela pesquisa está o de que 54% dos brasileiros e 49% dos latino-americanos buscam ativamente por produtos e serviços que os ajudem a ter um estilo de vida mais saudável, um crescimento de 8 e 3 pontos sobre 2022, respectivamente. 

“Podemos compreender esse comportamento como um possível reflexo da pandemia de Covid-19, que atingiu fortemente o Brasil e a região. Para além da agenda social desse tema, o envelhecimento populacional é um fenômeno crescente por aqui. O aumento da expectativa de vida coloca a saúde como tema relevante e isso não somente para as gerações mais maduras, como geração X, e os mais jovens, como os Zs e Millennials, que terão esse horizonte de futuro. Observamos nos dados que as gerações mais jovens também se preocupam com esse tema e vem fazendo mais investimentos nesse sentido”, fala.

Existem várias maneiras de a IA contribuir com a busca por saúde: monitoramento de saúde pessoal através de dispositivos e aplicativos; chatbots e assistentes virtuais que respondem perguntas médicas básicas e fornecem lembretes personalizados para medicamentos e consultas médicas; diagnóstico médico rápido, com algoritmos de IA aplicados a exames de imagens; prevenção de doenças com modelos preditivos de IA analisando dados de saúde em larga escala para identificar padrões e fatores de risco; e muito mais. “A aplicação IA no setor de saúde tem o potencial de transformar a maneira como as pessoas abordam a manutenção de sua saúde e bem-estar, proporcionando soluções mais personalizadas e acessíveis. É uma grande oportunidade de mercado, dada a viabilidade dessas soluções com a tecnologia que dispomos hoje em dia e o interesse crescente da população nesse assunto”, fala o executivo da GfK.

O tempo também está sendo bastante valorizado, de acordo com o estudo. O número de brasileiros e latino-americanos que concordaram com a afirmação “prefiro ter mais tempo que dinheiro” subiu de 2022 para 2023. No Brasil, eram 27% e passaram para 34%; e na América Latina: eram 26% e foram para 30%. 

Além disso, os latino-americanos, e especialmente os brasileiros, estão buscando mais ativamente maneiras de simplificar a vida: 67% dos brasileiros (3 pp a mais que no ano anterior) e 58% dos latino-americanos (mesmo dado do ano passado) concordaram com essa afirmação. Mais do que isso, eles gastam por simplicidade: 42% dos brasileiros (5 pp além do índice de 2022) e 36% dos latino-americanos (aumento de 3 pp em relação ao ano anterior) responderam estar dispostos a pagar mais por produtos que simplifiquem a vida. 

“Essa busca por mais agilidade e facilidades pode ser traduzida como uma percepção de que ter menos opções facilita o processo de compra, algo desejável. A geração Z brasileira desponta em relação ao total da população, com 38%”, diz o executivo. Tanto na América Latina como no Brasil, o índice de quem concorda com a afirmação “é mais fácil comprar quando tenho menos opções” é de 34%. 

Mascarenhas conta que, a partir dessa valorização, é possível entender outras duas tendências em ascensão que tem relação direta com o uso de IAs. “Primeiro, há um desejo crescente por parte da população latino-americana e brasileira de receber recomendações das tecnologias responsivas. 58% dos brasileiros e 51% dos latino-americanos manifestaram esse desejo, um número maior que a média global, que é de 52%. A esse desejo, soma-se uma disposição maior na região de compartilhar dados pessoais em troca de benefícios, como recomendações: 38% no Brasil, por exemplo, maior que a média global de 35%”, fala.

Entre os exemplos de como a IA pode ajudar a economizar tempo e oferecer facilidades, Mascarenhas cita fazer recomendações e otimizar processos diversos, tais como lembretes de compromissos, automatização de tarefas repetitivas e compras, entre outras. “Cada marca e empresa, com certeza, buscará a abordagem mais eficiente para oferecer aos consumidores aquilo que eles necessitam e, portanto, vão valorizar no seu uso de AI”, afirma.

Outros dados

Segundo a pesquisa “AI + Retail Media: Desafios e Oportunidades para as Marcas”, o alcance da IA no Brasil é de 14%, sendo o mais comum o uso da tecnologia conversacional (13%), seguido de imagem (2%) e comando de voz (1%). A tecnologia é mais comum no smartphone (67%) do que no desktop (39%) e o tempo médio de utilização de IA em 2023 foi de 3,5 minutos para comando de voz; 2,6 minutos para imagem; e 2,2 minutos para conversacional. 

O Brasil supera a América Latina em uso regular de assistentes de voz. A média da região é de 28% e no Brasil é de 30%. Esse dado nacional mostra uma retomada após uma queda em 2022. Em 2021, 34% utilizavam a ferramenta e, em 2022, 28%. Globalmente, 28% usam assistentes de voz em 2023. 

Quando se recorta a utilização por gerações, os Millenials são os mais engajados: 36%  no mundo, 31% na América Latina e 33% no Brasil. A Geração Z e Baby Boomers são 28%, no Brasil, e a Geração X, 29%. 

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