Skip to content Skip to footer

Impact Brasil: metaverso elimina restrições que marcas têm no mundo físico

O metaverso proporciona às marcas a possibilidade de serem o que quiserem, limitadas apenas pela imaginação, e para aproveitar essa oportunidade a moda já está presente nesse ambiente que integra perfeitamente o físico e o virtual. O tema foi debatido no painel “Moda Phygital e Metamobilidade”, mediado por Cynthya Rodrigues, da PMP.BID, e com a presença de Olivia Merquior, fundadora do Brazil Immersive Fashion Week, e de Juliana Werneck, Global Brand Experience Manager da Alpargatas.

“Eu gosto de trabalhar com moda porque fala sobre essa construção tão íntima de quem que a gente quer ser no mundo, como que a gente quer ser visto, essa expressão, como que a gente organiza nossa imagem social… Imagina isso em um campo onde você pode ser qualquer coisa. A moda já nasceu virtual. Ela não é um tecido, uma camiseta. Ela é uma ideia, uma simbologia, é uma história que a gente cria atrás de um objeto e tem um campo maravilhoso agora, sem as restrições do mundo físico”, falou Olivia.

A ideia da conexão da tecnologia com a moda surgiu como um clique para a fundadora do Brazil Immersive Fashion Week. Olívia conta que percebeu essa importância em 2017, durante o SXSW em que foi lançada a jaqueta conectada do Google em parceria com a Levi’s. “Quando se fala em metaverso e moda, lembrando que metaverso é essa dissolução de barreiras entre físico e virtual, as 3 principais vertentes são, primeiro, o monitoramento biométrico; depois, experiências sensoriais; e a terceira, a expansão do imaginário”, disse Olívia.

Esse último ponto também foi destacado pela executiva de Havaianas. “No metaverso, nosso objetivo não é a gente replicar coisas que tem na vida real. Pelo contrário, a gente quer aproveitar a tecnologia, que não tem limites para a criatividade, para realmente criar algo que seja fora da caixa”, explicou Juliana. 

A marca entrou nesse universo ao perceber um movimento internacional do mercado. A Havaianas está no mundo de games há alguns anos, não apenas com produtos, mas também com experiências para atingir esse público imenso. “Não é mais aquele estereótipo antigo do rapaz de 40 anos, na casa dos pais, jogando. Um terço da população mundial, homem e mulher, joga. E o nosso objetivo como marca é estar onde essa audiência passa tempo, onde os usuários ficam conectados. Gaming é uma realidade, por isso você vê muitas marcas de moda e todo esse movimento. É uma audiência muito engajada”, falou Juliana.

Entre as ações de sucesso de Havaianas neste universo, a executiva citou a Ilha Havaianas, dentro do Fortnite, e o primeiro NFT da marca, o GIF Happy Feet, vendido por R$ 5.600. Para o segundo semestre, a marca terá mais uma ação voltada ao mundo dos games, mas a Juliana não quis comentar do que se tratava.

“Internamente, a gente chama de B2G Strategy, que é a estratégia business to gamer, com o gamer no centro. A gente tem produto, a gente tem experiência e tem a comunidade. Essa é a virada de chave. Metaverso, moda e gaming têm uma comunidade muito forte, que passa muito tempo ali e é influente”, contou.

O phygital já é uma realidade e os anunciantes que ignoram isso estão perdendo. Algumas inovações podem até parecer que não vão chegar a lugar nenhum, mas, como lembra Olívia, essa descrença também já aconteceu, por exemplo, com o celular e o e-commerce para a moda. “Esse hibridismo entre virtual e físico já está acontecendo há algum tempo. Qual é o erro que eu tenho visto no mercado? Pensar estratégias separadas. ‘Eu quero entrar no metaverso’. Não tem uma porta. É um ambiente de experiências reais. As experiências que a gente tem no campo virtualizado também imprimem memória e sentido reais”, afirmou. As marcas precisam se atentar ao fato de que não é apenas criar um ambiente virtual, mas oferecer uma experiência integrada.

De acordo com a executiva, há muitas oportunidades nesse universo porque é tudo novo e muitos problemas estão sendo criados sem que ainda haja quem possa solucioná-los. “É um mar azul. Eu tenho isso: se você pensou, dá para fazer. É para viajar mesmo. É o momento de entender o que são essas identidades expandidas”, disse.

Clique aqui para assistir o painel:

Sign Up to Our Newsletter

Ritatis et quasi architecto beat

[yikes-mailchimp form="1"]