“Inovação como Agente de Empoderamento” foi o tema da palestra ministrada pela fundadora da fintech DinDin e apresentadora da CNN Stéphanie Fleury, durante o Impact Brasil 2022. Ela contou detalhes de sua carreira, que começou ainda adolescente ajudando a mãe no negócio de semijoias até o momento atual, pós-venda de sua fintech para o Bradesco.
Hoje, depois de vender a fintech que fundou, ela “está” apresentadora de um programa de gestão, inovação e liderança, como gosta de dizer. Se fundará ou não uma nova empresa, ainda não sabe, mas já tem definido quais serão os aprendizados que levará: people first, life learning, liderança inspiradora, mindset de inovação, diversity matters, resiliência e stay foolish.
“A gente não sabe nada e tem que assumir que está sempre na primeira série. Todos nós que estamos nesta sala, é a gente que está criando conhecimento e um dos maiores desafios é conseguir criar conhecimento intergeracional. Quanto mais foolish eu fico, mais wisdom eu acumulo”, afirmou.
Durante sua vida de empreendedora, os maiores desafios que enfrentou foram atrair e reter talentos, levantar investimentos sendo uma mulher, escalar o negócio, seguir levantando fundo e manter o time de sócios unido. “Sem dúvida esses foram meus 5 maiores desafios e eles são cíclicos”, disse.
Stéphanie trabalhou 10 anos na área de telecom, incluindo uma temporada na Jamaica, e, ao voltar para o Brasil, decidiu investir no ramo de eventos. Como não conseguia vagas na área, criou seus trabalhos. “Eu recebi muito do que hoje eu chamo de falso negativo porque, na verdade, foi positivo eu ter levado todos esses nãos para a minha carreira empreendedora”, falou.
Nessa época, ela tinha também uma agência de turismo boutique, pela qual vendia serviços a amigos e parentes, e foi para uma festa de Halloween, nos Estados Unidos. Lá conheceu a solução Venmo, uma rede social de pagamentos que permitia passar valores entre pessoas físicas.
“Eu me apaixonei pela solução e por tudo que ela possibilitava fazer. Não sei se porque eu sempre fui muito organizadora de viagens e shows entre meus amigos, e fazia planilha: fulano me paga tanto e 2 centavos para identificar no meu extrato etc.. Achei aquilo muito interessante, mas eu não tinha absolutamente nenhum contato com o mundo da tecnologia. Mas foi assim que achei o projeto da minha vida, que foi o DinDin, uma fintech que era uma rede social de pagamentos”, contou.
Engana-se quem pensa que o início foi um mar de rosas. Stéphanie lembra de ter de pesquisar no Google, no meio das reuniões por baixo da mesa, termos desconhecidos. “Eu não fazia ideia de nada, eu era realmente totalmente outsider. Eu não sabia nada de marketing digital, não tinha ideia que CMO era uma das principais pessoas que eu precisava no meu time”, confessou.
Uma das estratégias usadas pela executiva para conseguir se tornar conhecida no meio foi investir em PR. Como diretora da ABFintechs (Associação Brasileira de Fintechs), ela participava de muitos eventos e dava várias entrevistas. “Hoje em dia, principalmente entre Millennium e Geração Z, as pessoas não querem mais, necessariamente, trabalhar para a empresa tal, mas sim para a pessoa tal. A visibilidade, então, os ajudou a atrair e reter talentos”, disse.
Até a venda da empresa para o Bradesco, a executiva credita em parte ao trabalho de relações públicas realizado. “Em 2020, a gente começou a ser abordado pelo Bradesco e eu tenho muita certeza que foi por conta do PR, ou seríamos mais uma de mil fintechs que estão por aí no Brasil”, sugeriu.
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