Mais do que uma marca de cerveja, Corona quer ser uma marca de lifestyle praiano. E a prova disso está no case apresentado no painel “Corona Cria Plataforma de Hospedagens para Ir além da Experiência”, dentro do Impact Brasil 2022, com participação de João Pedro Zattar, head de marketing de Corona no Brasil, e Paula Guz, diretora de marketing transformation da Ambev, e mediado por Fabiano Lobo, managing director latam do MMA.
“Hoje em dia, a gente produz conteúdos de entretenimento, com o Corona Studios, a gente tem uma plataforma de sustentabilidade para ajudar a conservar os oceanos, a gente tem roupas. Daqui para a frente, a gente começa a cada vez mais olhar além do marketing tradicional que foi feito até hoje, chegando até um produto digital que é a nossa plataforma de viagens”, explicou Zattar.
A proximidade de Corona com os paraísos naturais vem de sua origem. “A marca nasceu nas praias do México e por isso a gente é muito conectado com a natureza, mas na nossa vida tradicional a gente está longe da natureza, por isso a gente entendeu que para se conectar com isso é preciso abraçar uma plataforma de viagem. Diferentemente de música que tem os eventos, de futebol que tem o jogo, viagem não tem um ponto tangível que você pode abraçar, por isso a gente tem de olhar novas formas de ativar essa plataforma”, explicou o executivo da marca
O Corona Paradise surgiu a partir de uma experiência feita pela marca na pandemia. No final de 2020, a Corona lançou a ação “Redescubra o Paraíso” para ajudar o setor do turismo. Quando as pessoas compravam um pacote de diárias no site, ganhava uma a mais, paga pela Corona. “Foi um sucesso. Em poucos dias, deu sold-out de todos os quartos de hotel. Nós levantamos R$ 4 milhões para os hotéis no Brasil e a gente viu que tinha um potencial muito grande, muito maior que uma simples ação de marketing”, disse o Zattar.
Foi então que veio a ideia de fazer a plataforma de reservas de viagens on-line que está no ar agora. “O grande diferencial é que, com as credenciais de Corona de conhecer a natureza, a gente fez uma curadoria de hotéis que são as melhores experiências que você pode ter em paraísos naturais pelo Brasil. Tudo isso partindo de um insight do consumidor para trazer a melhor experiência para ele”, conta Zattar.
Para criar essa plataforma a marca precisou trabalhar de uma maneira completamente inovadora, longe do que estava acostumada. “Nas campanhas de marketing tradicional, a gente tem um briefing, o que a marca quer falar, com quem que falar e como que a gente vai resolver. Nesse caso, a gente teve que aprender a priorizar as demandas do que a gente ia construir com base no que o consumidor ia respondendo. Eu acho que essa inversão de ter o time da marca dizendo isso aqui é mais bonito para a marca, mas não é o que está convertendo, não é onde as pessoas estão clicando mais, não é o que está funcionando e ouvindo esse lado de growth, de produto, de digital, foi superlegal dentro do processo porque gerou muito aprendizado”, afirmou Paula.
Essa relação direta com os consumidores trouxe vantagens além da relação de consumo para Corona. “Só de a gente está cada vez mais conectado com esses consumidores, a gente consegue começar a entendê-lo muito mais. Isso vai nos ajudar, daqui para a frente em tudo. A gente começa a ter dados transacionais do nosso consumidor e contato one-to-one com ele”, fala Zattar.
A intimidade com o consumidor final também não era algo que estava na tradição da Ambev e isso foi bastante fora do usual. “Historicamente a nossa relação com o consumidor sempre foi intermediada. Quando a gente entra com o conceito de utilities brands, a gente começa a inverter essa lógica e começa a criar uma relação direta com o consumidor. Isso é chave na nossa estratégia. O poder que tem os insights dos nossos dados próprios. Esse é o melhor caminho para conseguir capturar informação, processá-la e tirar insights no final, que vão fazer ativações melhores, que vão capturar mais e vira esse ciclo positivo”, afirma a diretora de marketing transformation da Ambev.
A executiva destacou ainda que para alcançar os resultados foi essencial fazer um trabalho colaborativo, com uma equipe nada homogênea. “Quando a gente traz pessoas que têm experiências diversas para pensar o produto e a gente consegue ter um ponto de vista de marca, um ponto de vista do consumidor, um entendimento de mídia, um entendimento de dados… e todo mundo trabalhando juntos para chegar no mesmo objetivo isso é a chave. Essa troca é muito rica”, complementa Paula.
O projeto brasileiro é o teste e a plataforma deve ser expandida para outros mercados de Corona.
Clique abaixo para assistir ao painel completo: