O painel “SAP: Tecnologia e ESG como Elementos de Transformação”, com participação de Adriana Aroulho, presidente da companhia no Brasil, levantou a discussão sobre as pessoas, e não a tecnologia, estarem no centro dos negócios da empresa. “Às vezes, as pessoas pensam ‘A SAP é uma empresa alemã, de tecnologia, de processos de negócio’, mas a tecnologia é só um habilitador. Isso vale para a sustentabilidade, para a transformação digital e para muitas coisas. A tecnologia é um grande habilitador, a gente precisa dela, mas são as pessoas que fazem acontecer, e a gente tem as pessoas no centro da nossa estratégia”, explica a executiva.
Se a diversidade e os princípios do ESG fazem parte do dia a dia da SAP é porque estão na cultura da empresa, que tem 50 anos de existência, sendo 27 deles no Brasil. E, segundo Adriana, é pelo exemplo que esses valores se disseminam pela empresa. “O exemplo arrasta. Não adianta nada eu cumprimentar a estagiária aqui e, amanhã, quando ela me encontrar no corredor, eu não devolver o sorriso para ela ou, quando ela me chamar para one to one, eu não abrir minha agenda. Tem que ter muita coerência. A gente realmente vive nossos valores. Não é simples, mas quando é genuíno é mais fácil”, afirma.
Um dos exemplos de que a empresa se esforça para ter mais mulheres em cargos de liderança, por exemplo, é que todas as presidentes da América Latina são mulheres. “É um compromisso da empresa com trazer a diversidade. Não tem como inovar, se não pensar diferente. A diversidade é um imperativo de negócio”, diz.
Assumir a presidência no Brasil exigiu da executiva disponibilidade para aprender. “O primeiro mito que a gente tem que tirar da frente é esse de estar 100% pronta. Ninguém está. Mas quando a empresa dá oportunidade, a gente acha esse caminho juntos”, conta.
O trabalho da SAP foi evoluindo ao longo dessas 5 décadas. Se antes, os sistemas de gestão de processos de negócios eram feitos a partir do mapeamento dos processos dentro da empresa e isso era migrado para o sistema, hoje acontece o contrário. “A gente já parte de tudo que o sistema tem a oferecer. Brincamos na SAP que a nossa série favorita é ‘Standard Is the New Black’. São 50 anos embarcados nas soluções e, para aquilo que a solução não atende, a gente trabalha com customizações. Isso permite que o cliente tira o máximo da cloud computing. Se vc não usa o máximo da tecnologia como serviço, você está perdendo parte do seu investimento”, explica Adriana.
Com todas essas informações do cliente nas soluções da SAP é possível fazer a leitura dos dados e, assim, entender quão eficiente está a empresa. “Para uma boa gestão de qualquer coisa, você precisa de dados e para ESG não é diferente, é fundamental”, fala.
A executiva afirma que foi feito um mapeamento de indicadores de sustentabilidade e com isso os clientes conseguem saber se estão emitindo menos gases, se estão sendo mais eficientes na gestão dos resíduos ou na eficiência elétrica ou hídrica, por exemplo. Ela citou 2 clientes que já usam as soluções SAP para fazer esses levantamentos: Suzano e Votorantim Cimentos.
Adriana também conta que a SAP fez uma pesquisa com 400 executivos na América Latina para saber quem tinha uma agenda estruturada de ESG e, do ano passado para este, houve um aumento de 26%. “Hoje quase 70% desses executivos de grandes empresas de vários segmentos se comprometem com essa agenda. Isso vem da liderança. Ao mesmo tempo, 60% deles dizem que não têm dados suficientes para uma boa gestão. É uma questão de negócio. As empresas sustentáveis atraem os melhores talentos, os investimentos e clientes”, conclui.
Outro ponto a ser considerado, segundo a executiva, é que até meados desta década a maioria da população mundial vai ser das gerações Alfa ou Y. “Essas gerações se movem por propósito. Elas querem ter identidade com as empresas. Isso converge para uma agenda séria. É um papel social da empresa, ela tem que dar resultado e deixar um legado”, finaliza.
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