Há um ano no Brasil, a Bloomberg Línea usa o conteúdo de qualidade para atrair público e anunciantes com oferta de informações baseadas em fatos, com o maior grau de imparcialidade possível. “Politizar é tomar lados e isso não é bom para os negócios, não é o papel da mídia ditar o que uma pessoa deve seguir ou não”, afirma Kaio Philipe, COO da Bloomberg Línea.
Nesta entrevista ao Marketing Future Today, o executivo conta as conquistas realizadas no primeiro ano de operação no Brasil, como ter alcance de mais de 30 milhões de pessoas e 200 mil assinantes. Confira:
Marketing Future Today – Pode comentar um pouco deste um ano da Bloomberg Línea e quais foram os principais destaques e evoluções, tanto em termos de formatos e projetos como comerciais?
Kaio Philipe – A Bloomberg Línea está comemorando seu primeiro aniversário de chegada no Brasil e já conta com várias conquistas na lista. O alcance mensal passou de 0, em agosto de 2021, para mais de 30 milhões de pessoas consumindo o nosso conteúdo em todas as plataformas. Temos mais de 200 mil assinantes. São cerca de 150 artigos todos os dias, criados por uma equipe de mais de 70 profissionais de toda a região, que contam com os recursos globais e 2.700 jornalistas e analistas da Bloomberg, trazendo conteúdo internacional de alta qualidade para o Brasil. Veiculamos 5 podcasts, 1 videocast e 2 webséries, incluindo Casa de Negócio$, com apoio do Airbnb na primeira temporada e do Itaú na segunda. O podcast de notícias diário está entre os top 15 mais escutados no Brasil nas paradas do Spotify, Apple e Amazon. Temos uma comunidade ativa e engajada nas redes sociais com mais de 500 mil seguidores, sendo 200 mil apenas no TikTok. A Bloomberg Línea é reconhecida pela International News Media Association (INMA) como o Melhor Produto de Mídia Digital lançado em 2021. São mais de 50 anunciantes e parceiros, como Bradesco, Nasdaq, NuBank, XP Inc, Mercado Bitcoin, Binance, Itaú, Cartier, Land Rover, JHSF, IBM, Mastercard, Visa, SAP, JBS, SalesForce, entre outros.
MFT – Do ponto de vista de marketing, quais têm sido os diferenciais da BL atualmente e como você destacaria o potencial de vocês hoje não só de alcance, mas de conteúdo de qualidade e possibilidade de inovação em formatos?
Kaio – Em mídia, o marketing é o conteúdo. Se você produz com excelência, gera awareness e, por sua vez, atrai usuários. Quantos produtos podemos dizer que saíram de 0 a 30 milhões de usuários em 12 meses? A mídia mudou muito. Há as novas mídias, como as redes sociais, e as novas gerações, que não consomem mais televisão. Ainda existe uma insistência da indústria de publicidade em apenas formatos tradicionais de TV, um grande equívoco. No entanto, isso tende a mudar, pois quem está tomando decisões à frente de grandes empresas já são os Millennials e, em breve, serão os Gen Zs. Na minha opinião, seria difícil ver um CMO da GenZ alocando mais de 30% do orçamento de mídia em TV. No nosso caso, apostamos em TikTok, podcasts e webséries e não poderíamos estar mais satisfeitos. Criamos diversas marcas em cima da “marca mãe” e, com isso, conseguimos alcançar diferentes demografias. Não existe “one size fits all” quando se trata de conteúdo. O mundo mudou nesse sentido: as pessoas decidem o que consumir, como e quando, graças às facilidades que a tecnologia proporciona.
MFT – O conteúdo se tornou um elemento superimportante para as marcas. Neste contexto, como tem sido a demanda e o que vocês oferecem em soluções de branded content e formatos cocriados?
Kaio – As marcas buscam produtores de conteúdo com qualidade e credibilidade para produzir conteúdo criativo. Aquele tipo de branded content puro, de apenas texto, tornou-se obsoleto. Temos notado uma forte demanda por webséries, podcasts e eventos digitais. É muito mais fácil contratar uma empresa de mídia para criar essa solução do que fazer isso sozinho ou ter diversas agências/pontos de contato para um único projeto. A Bloomberg Línea oferece essas soluções. Inclusive, criamos o nosso Studio, que já conta com diversos cases e uma equipe extremamente preparada para entregar as melhores soluções Brasil afora.
Pode dar uma perspectiva dos planos da BL para 2023 e quais as expectativas não só econômicas, mas de projetos e do apetite das marcas por se associarem a conteúdo de qualidade?
Kaio – Temos como meta continuar crescendo e impactando cada vez mais o nosso público-alvo. A Bloomberg Linea não tem competidores no Brasil porque o nosso produto é inédito. Há sites que abordam negócios e finanças, mas eles não se comparam à BL já que são focados no mercado local ou têm um viés muito aspiracional. Há também outros mais gerais que acabam demonstrando polarização política significativa no seu conteúdo. Inclusive, isso é algo que escutamos de anunciantes, muitos não querem se associar com a empresa X ou Y por conta dessa polarização política. Nosso conteúdo é único e não cabe polarização. Politizar é tomar lados e isso não é bom para os negócios, não é o papel da mídia ditar o que uma pessoa deve seguir ou não. Na nossa visão, as audiências querem conteúdo objetivo, baseado em fatos e dados. Estamos aqui para isso, seja para nossas audiências ou anunciantes. Atualmente, a nossa operação já passou da casa dos 8 dígitos de faturamento, um crescimento superacelerado de um produto novo, lançado em 2021. Nossos anunciantes estão felizes com os resultados, assim como nossos usuários e assinantes. Não vamos parar, chegamos para ficar.