A brasileira Adriana Knackfuss será a nova vice-presidente de Marketing da Coca-Cola para a África, a partir de fevereiro. Na empresa de bebidas desde 2007, a executiva deixa a Cidade do México, onde atuava como líder da Coca-Cola para a América Latina, para se mudar para Johanesburgo, na África do Sul.
Em entrevista ao Marketing Future Today, Adriana conta suas expectativas com o novo cargo. Confira:
Marketing Future Today – O que fez você aceitar esse desafio?
Adriana Knackfuss – Do ponto de vista pessoal, sem dúvida é aprender sobre outras culturas, sobre novas línguas, novas pessoas e afins. Eu nunca estive na África, então isso definitivamente vai trazer uma nova visão de mundo para mim e para minha família.
Do ponto de vista profissional, as razões são parecidas com as do ponto de vista pessoal, somando o fato de que poderei analisar o marketing de “ponta a ponta” para um continente inteiro.
MFT – Quais premissas, oportunidades e desafios do mercado que reúnem os países da África?
AK – Para mim, a África apresenta uma série de oportunidades. Como eu ainda não conheço muito, uso como referência o que escutei até agora, mas é uma população extremamente jovem, grande. Do ponto de vista socioeconômico, parte da população é bem carente, outra parte tem bastante acesso, com muitas possibilidades. Esse cenário que comentei faz com que nós, executivos da companhia, precisemos pensar em soluções para esses dois públicos.
Além disso, também tem a questão da diversidade. A África é um continente muito diverso, são 54 países com múltiplas religiões, múltiplas crenças. Se compararmos, por exemplo, o norte e o sul da África são bem diferentes em vários aspectos, e isso pra mim é um cenário de aprendizado incrível.
MFT – Como as outras experiências internacionais vão ajudar você nesta nova fase?
AK – Acho que principalmente com a adaptabilidade desenvolvida ao longo das outras experiências internacionais. Com elas, aprendi a me adaptar a diversas situações que surgem e também a dar valor às coisas que são mais importantes.
Para mim, o principal é que nesse processo eu tenho aprendido muito. Tenho um olhar muito humilde e curioso sobre as culturas locais e tudo que tenho aprendido em cada um desses países que tenho vivido.