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Pesquisa do Orgulho: 1/3 dos LGBTQIA+ percebe menos oportunidades no trabalho

34% da população que se identifica como LGBTQIA+ disseram acreditar que às vezes, raramente ou nunca têm acesso às mesmas oportunidades de crescimento que colegas de trabalho, ou seja, um terço se sente discriminada, de alguma forma, no mercado, segundo a Pesquisa do Orgulho, divulgada pela Havaianas em parceria com o instituto de pesquisa DataFolha e a ONG All Out. Além disso, segundo o estudo, 16% responderam que vivenciam, sempre ou frequentemente, comentários ou atitudes negativas devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero no trabalho. 

Leia mais: Mafê Albuquerque, de Havaianas, comenta os objetivos da Pesquisa do Orgulho

A ideia de fazer a pesquisa surgiu para poder ter informações de qualidade sobre o público que costuma ser lembrado apenas próximo a 28 de junho, quando é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. “Quando você não consegue medir e não consegue mostrar, você praticamente não existe. Quando você não consegue colocar em números ou mapear,  você não consegue propor mudanças”, falou Maria Fernanda Albuquerque, VP Global de Marketing da Havaianas. O evento no qual os dados foram apresentados contou ainda com a presença de

A ideia de fazer a pesquisa surgiu para poder ter informações de qualidade sobre o público que costuma ser lembrado apenas próximo a 28 de junho, quando é comemorado o Dia do Orgulho LGBTQIA+. “Quando você não consegue medir e não consegue mostrar, você praticamente não existe. Quando você não consegue colocar em números ou mapear,  você não consegue propor mudanças”, falou Maria Fernanda Albuquerque, VP Global de Marketing da Havaianas.

O evento no qual os dados foram apresentados contou ainda com a presença da gerente sênior de campanhas para América Latina da All Out Ana Andrade, da cantora Pepita, da estilista Isaac Silva, da consultora de inovação e diversidade Cris Naumovs e do gerente de pesquisa de mercado do Instituto Datafolha Paulo Alves

Entre os LGBTQIA+ que não são economicamente ativos, 40% disseram concordar que o mercado de trabalho formal os rejeita e 58% concordam que tiveram de se adaptar ao trabalho informal. Outro dado impressionante é que, para 70%, durante as entrevistas de emprego não são avaliadas apenas as suas qualificações profissionais. 

A pesquisa mostrou ainda que 85% da população que não se identifica como LGBTQIA+ dizem respeitar quem é LGBTQIA+, mas o índice cai à medida que a definição desse respeito ganha contornos mais específicos. 79% acham que eles devem ter os mesmos direitos, 74% acreditam que eles podem expressar livremente quem são e 53% concordam que casais do mesmo gênero podem demonstrar afeto em público. 

Os relacionamentos com amigos e parentes também foram abordados na pesquisa. Enquanto 80% dos não LGBTQIA+ concordam totalmente que têm um bom relacionamento familiar, no público LGBTQIA+, o índice é de 65%. Além disso, 35% deles disseram sofrer preconceito e hostilidade no ambiente familiar. No restante da população, a taxa é de 21%. Com os amigos, a aceitação é mais comum. 89,2% concordam total ou parcialmente que têm um bom relacionamento com as amizades.

Quem são os LGBTQIA+

A Pesquisa do Orgulho foi feita a partir de 3.674 entrevistas com brasileiros acima de 16 anos de todas as classes sociais e regiões do país. Segundo os resultados, 9,3% da população se identificam como LGBTQIA+, o que equivale a 15,5 milhões de brasileiros. A maior concentração do público está nas regiões metropolitanas (10,9%). No interior, a taxa é de 8,2%.

Os que se identificam como LGBTQIA+ são mais jovens. 58% têm entre 16 e 34 anos, ante 33% dos não LGBTQIA+ na mesma faixa etária. Possivelmente por conta da faixa etária, a maior parte (59%) é solteira e não tem filhos (70%).

Quanto à escolaridade, a maior parte tem ensino médio (48,45%). Enquanto os não LGBTQIA+ são 34% dos com ensino fundamental, a taxa dos que se identificam como LGBTQIA+ é de 26,17%. Na faixa dos com ensino superior, a lógica se inverte. São 25,39% de LGBTQIA+ e 21% de não LGBTQIA+. 

Já no que diz respeito à orientação sexual, 2,7% se classifica como bissexual, 1,6% como gay, 1,5% como heterossexual, 1,2% como lésbica, 0,9% como assexual, mesmo índice dos panssexuais. 

Parceria

A Havaianas lançou, em 2020, uma linha de produtos voltada ao público LGBTQIA+. 7% das vendas são revertidos para a ONG All Out. “A gente não lançou um drop ou alguma coisa em junho, julho, que são os meses de ativação. A gente lançou uma linha, que só cresce. Hoje são 30 produtos. E é impressionante porque, toda vez que a gente sobe essa coleção, os produtos ficam no top 5 no nosso e-commerce. É uma linha de altíssimo apelo”, afirmou Mafê, durante a apresentação da Pesquisa do Orgulho. 

A linha já levantou mais de R$ 2,6 milhões para a ONG entre 2020 e 2021. O valor foi usado em mais de 20 campanhas de proteção ao público LGBTQIAPN+ em 15 países, segundo a executiva. 

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