Mais de 39,9 milhões em audiência média após 60 dias de programa. Trinta e cinco milhões de tuítes somente na primeira semana de exibição. Definitivamente, o Big Brother Brasil é um programa de superlativos. E para as marcas que aportam milhões em investimentos, a estrutura e a dinâmica para que cada centavo faça sentido, sobretudo, aos consumidores, é fundamental. Além de todos os desafios operacionais, nesta edição, temas como racismo, homofobia e saúde mental ganharam ainda mais projeção e entrou no radar de alguns dos patrocinadores. Neste ano, as marcas que apoiam o programa são Americanas, Amstel, Avon, C&A, McDonald’s, P&G, PicPay e Seara.
Para colocar em perspectiva os desafios, aprendizados e resultados do BBB 2021, a Wunderman Thompson realizou, nesta terça-feira, 6, um evento interno com a presença de Danielle Bibas, VP de marketing da Avon, Poliana Sousa, CMO da Coca-Cola na América Latina e Samantha Almeida, diretora do Twitter Next. Também participaram da conversa Keka Morelle, CCO e Stella Pirani, CSO, ambas da da Wunderman Thompson. De acordo com Keka, antes mesmo de ter sua edição de 2021 iniciada, o BBB foi minuciosamente estudado pela agência.
“Foram meses de estudos, análises e a construção de vários cenários possíveis para que pudéssemos reduzir ao máximo o efeito surpresa. No entanto, isso não garante as surpresas que, em especial nesta edição foram muitas”, explica Keka. Danielle Bibas reforça que, de fato, o BBB reflete o que se passa na realidade e temas como racismo, por exemplo, já estavam no radar da marca cuja bandeira principal tem relação direta com inclusão. “Mas, se teve algo que nos surpreendeu, foi, de fato, a discussão sobre saúde mental e o quanto esse assunto ganhou relevância, principalmente para nossos consumidores”, afirma.
Na última semana, a Avon anunciou Lucas Penteado, participante desta edição como embaixador da marca. Nos últimos dias, com as declarações racistas do eliminado Rodolffo e o protesto da cantora Ludmilla, feito no último fim de semana, a marca também se posicionou em suas redes. A Coca-Cola, outro cliente da WT que protagonizou, em fevereiro, uma das provas do líder mais polêmicas desta edição, cuja campeã na ocasião foi Karol Conká, utilizou o programa para fazer um dos lançamentos mais importantes do ano, a campanha Alfabeto.
“Foi uma participação estratégica e muito importante. De fato, tivemos surpresas, mas apesar das polêmicas, o resultado foi positivo e a maneira como as coisas ocorreram foi rápida”, explica Poliana reforçando que um programa como o BBB é um palco importante de exposição, mas principalmente de lidar com causas importantes. “Não é possível prever tudo, mas nosso papel como agência é construir. A gente mapeia, desenha cenários, mas não está no controle. Nós passamos, como chamamo aqui na WT, por algumas manobras estratégicas para lidar com cada cenário”, afirmou Stella.
“Vivemos uma mudança que é sobre o mundo, não é sobre comunicação. São diversas perspectivas conflitantes e complexas em sua realidade coloca a gente, gestores de marcas e de plataformas, em um lugar no qual nunca estivemos. Estamos sendo empurrados não mais para sermos gestores de marcas mas para ouvir as pessoas e entender seus códigos de comportamentos e as conversas não óbvias”, disse Samantha Almeida.