Skip to content Skip to footer

De estatísticos a criadoras de NFTs, martech altera o perfil das equipes de marketing

Encontrar um profissional ou uma profissional estatística que tivesse experiência em negócios para trabalhar no marketing. Esse foi um, dos inúmeros desafios de Gustavo Aguiar, chairman da MMA Latam, enquanto CMO da 99,  ao buscar pessoas que atendessem a demandas muitas específicas nessa nova realidade do marketing, mais tecnológica, ferramental e extremamente conectada aos negócios.

Com a proliferação de martechs, não só como parceiras de trabalho, mas também como cultura corporativa, as mudanças e dinâmicas para adequar as equipes ao novo têm sido cada vez mais comum. Recentemente, quando lançou sua primeira NFT, em parceria com o artista Adhemas Batista, Fernada Romano, CMO da Alpargatas, precisou, de forma rápida, contar com o conhecimento de uma das integrantes de sua equipe em programação e blockchain para levar o projeto adiante.

Ian Black, CEO da New Vegas, já teve situações em que projetos demandaram um gamer especialista para desenvolver projetos conectados a esse universo. E tem sido cada vez mais comum essa dinâmica, dado o aumento no número de interlocutores. “Algumas habilidades passaram por transformações ou foram criadas recentemente, principalmente após o início da pandemia, que deixou a tecnologia ainda mais presente no nosso dia a dia – do trabalho ao relacionamento social em tempos de distanciamento social. E isso não foi diferente na área de marketing”, explica Ricardo Triana, diretor-geral do PMI (Project Management Institute) para o Brasil e América Latina.

Ainda de acordo com Triana, o futuro do trabalho é baseado em projetos, impulsionando o surgimento do The Project Economy – uma mentalidade global em que o trabalho se concentra cada vez mais na execução de projetos grandes e pequenos por meio da inovação organizacional. “Em marketing, o gerenciamento de projetos apresenta uma forma de trabalho que fornece uma estrutura digital para ajudar as equipes a entregar todos os tipos de trabalho dentro do prazo e do orçamento, de campanhas e lançamentos de produtos a auditorias de SEO e análise de concorrentes”, destaca.

Renato Haramura, superintendente de marketing do Itaú Unibanco, explica que, no passado, as disciplinas de marketing eram mais independentes. “Com um evento, ou campanha publicitária, ou marketing direto ou patrocínio, embasados por uma boa pesquisa de mercado, éramos capazes de resolver qualquer problema de marketing. Hoje as soluções são multi disciplinares, complementares… nenhumas das disciplinas é capaz de isoladamente gerar impacto efetivo”, explica Renato.

Neste contexto, destaca, são necessários profissionais mais generalistas, que consigam entender essa multidimensionalidade, fazendo uma analogia com a medicina, precisamos de clínicos gerais. “Esse perfil “faz tudo” que antes só tinha espaço em pequenas equipes em que de fato faziam tudo, hoje é um perfil super ambicionado nas grandes empresas, exatamente por esse olhar multifacetado. E mesmo os especialistas, que sem dúvida são absolutamente necessários, precisam ser capazes de entender o todo, para saber e se posicionar e executar sua parte da solução”, afirma.

Em seu time no banco, o executivo identifica profissionais com backgrounds muito diversos e inusitados. “Não que eles exerçam essas funções, mas temos uma advogada que lidera nossa frente de Customer Insights, uma Psicóloga a frete da área de Canais Internos, uma Bióloga no time de Design de Serviços, um Chef graduado em Gastronomia líder de Data Insights”, reforça.

Acompanhe nossa pesquisa especial “Afinal, o que é martech?”
– MMA Latam lança estudo que identifica 1789 martechs na América Latina
– Episódio 1 – Advertising & Promotion 

Sign Up to Our Newsletter

Ritatis et quasi architecto beat

[yikes-mailchimp form="1"]