Anunciada no início de maio, a GIRA.DAO, ecossistema de empresas baseadas em blockchain, se propõe a levar as tecnologias e conceitos da chamada Web3 para o mundo do marketing. O projeto foi criado por Pedro Del Priore, Paulo Martinez e Marcos Brabo, sócios da Agência Ginga.
A GIRA.DAO nasce com quatro braços de atuação: Ginga, agência de publicidade integrada, que une estratégia e criatividade na construção de marcas contemporâneas. Diva, consultoria ágil de inovação, transformação digital e CX (Customer Experience). Signa, consultoria ágil de branding, design e UX (User Experience) e a Trespontozero.io, consultoria especializada em educação, estratégia, criação e execução de projetos na Web3 e responsável pela constituição e implantação de governança da GIRA.DAO.
Uma DAO se constitui em uma Organização Autônoma Descentralizada. O conceito foi criado em 2015 e remete às tecnologias baseadas em blockchain. Pedro del Priore explica ao Marketing Future Today como as DAOs podem impactar o marketing e a comunicação. “Podemos apontar 4 grandes benefícios para o setor: Agilidade, Pluralidade de Talentos, Integração de Capacidade e Coparticipação.”
Agilidade
“Em um mundo cada vez mais dinâmico, onde tudo muda o tempo todo, em um ambiente DAO, as decisões são contínuas, ágeis e colaborativas. Uma enorme vantagem competitiva para acompanhar as dinâmicas de mercado”, destaca Pedro.
Pluralidade de talentos
“Um ambiente de mais transparência, democrático e que conecta as pessoas em qualquer lugar do mundo permitindo que cada integrante da DAO participe ativamente de decisões, permite naturalmente que mais pessoas – de diferentes perfis e localidades – possam trabalhar buscando prover seu melhor potencial. O ambiente gera naturalmente um ecossistema, ao mesmo tempo distribuído, colaborativo e cheio de oportunidades, justamente por considerar as diferentes perspectivas em sua governança e atuação”, ressalta.
Integração
“No ambiente da DAO, por ser aberto e com regras pré-definidas, incorporar novos grupos de profissionais com especialidades até então não participantes é fluído e sem qualquer conflito ou atraso operacional. Ou seja, se o problema/desafio demanda algum tipo de skill diferenciado ao longo do processo, em uma DAO incluir novos participantes é mais natural e menos oneroso ao sistema”
Coparticipação
“Imagine que o cliente possa acompanhar e participar de decisões de seus projetos no dia a dia das equipes? No ambiente da DAO a possibilidade de ter participantes com diferentes níveis de contribuição permite este tipo de integração, reforçando a relação de transparência, cumplicidade e colaboração. Já na dimensão mercadológica, da relação entre marcas e seus consumidores ou consumidoras, entendemos que há um novo formato de interação e relacionamento que pode ser desbloqueado pela Web3 e que deve ser explorado desde já pelas empresas”, ressalta Pedro.
O executivo conclui que a Web3 permite não somente a descentralização de informações e decisões, mas também de ativos valiosos como dados e acessos, que deixam de ser intermediados pelas grandes empresas de tecnologia (as big techs) e passam a ser transacionados diretamente entre pessoas e empresas. “Ou seja, a relação entre marcas e pessoas será cada vez mais direta. Caberá a cada marca criar e fortalecer suas comunidades proprietárias em torno de clientes e fãs, oferecendo não só produtos e serviços como acontece corriqueiramente, mas também valor por meio de experiências, vantagens e coparticipação.”
“Tem ainda o caso das NTFs, muito discutidas atualmente, como viés de especulação financeira, podem, na verdade, destravar um sem número de casos de uso entre marcas e pessoas, como por exemplo, um “Programa de Fidelidade 3.0”, no qual as pessoas, além de possuírem uma memorabilia ou expressão artística da marca (por meio das NFTs), passam, também, a ter acesso a vantagens e experiências exclusivas no mundo real, não somente digital”, finaliza Pedro.
