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“O futuro do CMO é o agora”, diz Camilo Barros

Muito se discutiu, até aqui, o futuro do marketing e do CMO, mas ele chegou e é o agora. A premissa é de Camilo Barros, head de parcerias Latam da Vidmob e membro do board da MMA. Ao Marketing Future Today, Camilo fala sobre as mudanças do marketing, o papel das marcas em um contexto cada vez mais volátil e a retomada pós-pandemia, bem como os desafios do marketing neste contexto.

Marketing Future Today – Quais são as principais transformações em torno do seu ofício, atualmente, e o que você considera mais urgente em sua agenda profissional?
Camilo Barros – Eu venho de um histórico profissional que há muito tempo analisa e se prepara para esse futuro, não era possível prever uma pandemia e dias tão difíceis, mas era sabido que precisamos de uma transformação urgente em praticamente todos os mercados. Na indústria da comunicação não seria diferente, porém é uma indústria regulada e protegida que precisa romper com modelos carregados por muito tempo. Quando falamos assim parece estarmos desenhando um cenário caótico, mas sou positivista e creio que o futuro assim como a contribuição da indústria da comunicação no mundo se torna ainda mais essencial, mas é necessário esse momento de disrupção. Assim como qualquer outra indústria não existem mais heróis e referências únicas, estamos falando da necessidade de co-criar, de atuar em comunidade, de trabalhar por e pelo propósito. Hoje temos um mercado amplamente diverso, e essa diversidade se complementa fazendo todos que atuarem juntos serem ainda mais fortes.

MFT – Como você enxerga o marketing para os próximos dois anos? O que deve estar na pauta das lideranças e o que será decisivo na busca por relevância?
Camilo – O profissional de marketing precisa mudar, muito se fala sobre o CMO do futuro, e esse futuro chegou e quem ainda não mudou precisa agir rápido. O marketing hoje é da porta para fora, não mais da porta para dentro das companhias. Esse profissional que muitos diziam ter os dias contados pelo contrário tem um papel sem igual neste processo de transformação. Quando falamos de big data, estamos falando de verbas de marketing orientada a dados maiores do que as de tecnologia, quando falamos de inteligência artificial é muito mais sobre comunicação do que sobre computação. O profissional de marketing precisa ser orientado por dados, e a tecnologia favorece esse cenário, mas ele precisa usar os dados para gerar intimidade com o consumidor, que nunca teve tanto poder de mudar os caminhos de uma empresa através de suas estratégias de marketing do que hoje. Dados por si só são apenas dados, e cabe a esse novo profissional de marketing utilizá-los para agir em seu negócio.

Ao Marketing Future Today, Camilo Barros, head de parcerias Latam da Vidmob e membro do board da MMA, fala sobre as mudanças do marketing, o papel das marcas em um contexto cada vez mais volátil e a retomada pós-pandemia, bem como os desafios do marketing neste contexto.

MFT – Qual sua perspectiva de transformação do marketing e do papel das marcas em um cenário pós-pandemia?
Camilo – Eu não acredito nesta antes e depois da pandemia, não que nada tenha mudado, mas sim que um processo tenha sido acelerado. Estamos hoje em um mercado global, e a pandemia está em fases diferentes neste mundo globalizado, mercado mais atrasados como o nosso e mercados já com a luz ao fim do túnel, não só por ter poder econômico, mas sim pela sua vontade de reagir, sendo assim pode ser que países emergentes mais preparados tenham agora uma vantagem por terem mais tempo de resposta mas não é um processo de mudança de rota. As marcas já vinham caminhando para assumir um papel social, terem voz, propósito, mas ainda era tímidas, receosas, a necessidade de resposta, e mesmo o processo empático fez com isso se acentuasse e permanecerá aquilo que for real, aquilo que for apenas oportunismo será expurgado do mercado. A mesma tecnologia que favorece as empresas em gerar intimidade, empodera o consumidor, cabe ao profissional de marketing e suas marcas a gestão desta relação.

Camilo Barros

MFT – Pode comentar, dentro desses pilares INOVAÇÃO, GROWTH, DADOS E DIVERSIDADE, como eles se complementam?
Camilo – São totalmente complementares para um ecossistema sustentável, um não existe sem o outro. Inovação é por essência fazer a mesma coisa de maneira diferente, o que leva ao crescimento e desenvolvimento que hoje se dá de maneira consistente quando suportado e orientado por dados, que por sua vez são a garantia de diversidade da mesma forma que garantem que se não há diversidade não se sustentam, e assim retroalimentam um processo de aprendizado constante, característico da inovação.

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