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“Ciência e inovação são as chaves da transformação”, diz CTO da Natura

Muito tem se falado sobre inovação aberta no contexto das empresas que vivem processos de transformação digital. Mas, na prática, como esse conceito pode, de fato, impactar no contexto das marcas e consumidores? Luciano Abrantes, CTO e Diretor de Inovação Digital do Natura &Co América Latina, explica ao Marketing Future Today como a aplicação do oppen innovation ajudou na criação de novas plataformas e na ressignificação dos pontos de contato da companhia.

“Acreditamos que só há inovação se for possível gerar impactos positivos. A longevidade de uma empresa está diretamente ligada à sua capacidade de gerar transformações benéficas para a sociedade. Outro aspecto importante é a habilidade de ser multidisciplinar”, destaca Abrantes. Como um dos exemplos deste processo, está o desenvolvimento de uma plataforma de meditação e um serviço de voice-Commerce disponível para toda a América Latina, explica o executivo.

Marketing Future Today – Quais as habilidades cruciais para os profissionais de marketing, inovação e negócios neste ano de 2021?
Luciano Abrantes –
É essencial saber mapear tendências, entender o que está acontecendo no mundo e estar conectado a outros players do ecossistema em que se atua, buscando novas oportunidades para desenvolvimento e novas tecnologias. Essa estratégia foi essencial para a Natura enfrentar a imprevisibilidade da pandemia, por exemplo, garantindo a resiliência do nosso modelo de negócio e trazendo novos caminhos para enfrentar os desafios. A mentalidade de estar sempre buscando evolução e inovação é essencial para qualquer profissional ou empresa se adaptar a novos cenários. Acreditamos que investir na ciência, na tecnologia e na inovação aberta são fundamentais para criar soluções transformadoras e gerar resultados.

MFT – Quais os temas prioridades para você como líder neste ano?
Abrantes –
A digitalização é uma das prioridades da Natura. Nosso objetivo é acelerar cada vez mais a criação e aperfeiçoamento de ferramentas digitais que complementem o nosso modelo de negócio, buscando ampliar e aprimorar experiências, mas sempre mantendo a interação humana, que é a essência da Natura. Além disso, continuaremos a investir intensamente em inovação aberta, um modelo colaborativo que possibilita o desenvolvimento de soluções disruptivas e resultados rápidos e eficientes a longo prazo. Nossas parcerias e conexões com startups, por exemplo, foram essenciais durante a pandemia, acelerando e desenvolvendo novos serviços capazes de auxiliar colaboradores, consultoras e consumidores.

“Acreditamos que investir na ciência, na tecnologia e na inovação aberta são fundamentais para criar soluções transformadoras e gerar resultados”

 MFT – Quais as tecnologias e tendências que estão no seu foco de estudo e análise?
Abrantes –
A Natura vem investindo intensamente na aceleração de sua jornada de digitalização e uma das tecnologias emergentes que tem recebido bastante atenção da empresa são os assistentes de voz. Recentemente, lançamos nosso serviço de voice commerce via Google Assistente, que permite buscar produtos, adicioná-los ao carrinho e finalizar a compra via boleto utilizando comando da voz do usuário. Uma outra frente que desenvolvemos foi a criação de uma experiência de meditação, lançada em 2019 junto com a chegada da Alexa, assistente de voz da Amazon, no Brasil, e que posteriormente foi também lançada na plataforma Google Assistente. Esta experiência se encontra disponível nos idiomas português, inglês e espanhol, permitindo que pessoas de diferentes geografias como Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, México, Peru e Estados Unidos solicitem várias práticas de meditação utilizando apenas a voz. A Natura também está investindo bastante no social selling, um serviço de venda direta por meio de redes sociais e das plataformas digitais da empresa. O novo modelo permite às consultoras receber pagamentos de forma totalmente on-line e enviar revistas digitais interativas para seus clientes, enquanto a Natura realiza suas entregas.

“Ser cocriador para a geração de valor, ter capacidade para enxergar conexões improváveis, flexibilidade para lidar com a lógica não linear, e transparência e intuição para propor novos modelos que repensem paradigmas pré-estabelecidos”

MFT – Qual frase definiria o papel de um líder neste próximo ano?
Abrantes – Ser cocriador para a geração de valor, ter capacidade para enxergar conexões improváveis, flexibilidade para lidar com a lógica não linear, e transparência e intuição para propor novos modelos que repensem paradigmas pré-estabelecidos.

MFT – O que você enxerga de tendências em relação a startups neste próximo ano e o papel delas na retomada econômica?
Abrantes – Startups são capazes de desconstruir o status quo e criar novos paradigmas, com agilidade e eficiência. Grandes empresas têm a oportunidade de ampliar o olhar sobre maneiras diferentes e inovadoras para resolver problemas, muitas vezes conseguindo transformar o mercado em que atuam.   Nossas parcerias com startups foram essenciais para a rápida adaptação ao contexto de pandemia. Para se ter uma ideia, neste período superamos o número de parcerias firmadas no ano anterior, e escalamos soluções para cuidado da rede em toda a América Latina em tempo recorde e garantindo o devido apoio às startups para este crescimento acelerado. Serviços de telemedicina, apoio emocional e violência contra a mulher são exemplos de soluções que foram aceleradas pelo ecossistema de Natura Startups. Investir em startups inovadoras é, portanto, investir no futuro.

 

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