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“Atuamos para ser o growth de nossos clientes”, diz CEO da Winclap

Uma das maiores martechs da América Latina, especializada em tecnologia orientada ao marketing, a Winclap, fundada pelos argentinos Mariano Sáenz e Gonzalo Olmedo, vem se consolidando como uma plataforma focada em ajudar aspirantes a unicórnios na região. Por meio de tecnologia e soluções como a Budget Allocation (BA), que usa inteligência artificial para otimizar decisões de investimento, a Winclap espera ocupar cada vez mais o papel de growth marketing para seus clientes como diz Mariano Sáenz, atual CEO que, em entrevista ao Marketing Future Today, explica como a pandemia afetou o desempenho de negócios na região e reforça a importância de olhar para tendências com responsabilidade e abordagens práticas.

Marketing Future Today – Como oscilou o comportamento de negócios da América Latina nos últimos anos, sobretudo, pelo impacto da Covid?

Mariano Sáenz – Os últimos anos foram de várias fases de impacto. O primeiro eu diria que foi o short, o que consiste em uma paralisação de muitos investimentos. Principalmente em 2020, desde que a pandemia começou, as empresas congelaram investimentos e reduziram muito do orçamento. Já no médio e longo prazo percebemos um crescimento muito forte do digital o que contribuiu para acelerar e transformar 2021 em um ano muito promissor. Tivemos um ano muito atrativo, sobretudo das empresas nativas digitais que operavam no e-commerce. Se em 2020 caiu o investimento em mídia paga, em 2021 ele retorna já que muitas plataformas deixaram de gastar com aquisição de usuários, mas precisavam reativá-los depois. 

MFT – De que maneira a região é vista em seu potencial e como foi o desempenho nos últimos anos?
 
Mariano Sáenz – A região viveu várias transformações neste período, do ponto de vista de fintechs, e-commerce, logística. Uma evolução muito importante de empreendedores. Fundos que começaram a surgir. Vivemos hoje o reflexo de uma década em que várias iniciativas conjuntas desde governos como Brasil, Chile e Argentina até aquelas ligadas a hubs privados e empreendedorismo fizeram com que a atenção dos fundos estivesse aqui. Mas muito além de ter uma região transformada, é importante observar o potencial da nossa região de oferecer soluções para o mundo. E aqui eu não focaria apenas nas startups em si, mas também nos talentos da universidade e a capacidade que temos de estar igual para igual de países como Estados Unidos e muitos da Europa. Cada vez mais a América Latina torna-se uma exportadora de soluções para os Estados Unidos. 

MFT – Quais as diferenças e semelhanças da região do ponto de vista de empreendedorismo e tecnologia?

Mariano Sáenz – Claramente é um erro generalizar a América Latina. E aqui eu falo também pelos clientes da Winclap. Quando olhamos para martech, por exemplo, existe sim uma globalização, mas também questões locais muito específicas. Ainda que a maior parte da região fale o mesmo idioma, existem questões pontuais e regionais importantes. Mesmo quando falamos de fraudes e estratégias pontuais isso esbarra na característica de cada país. Uma mesma plataforma de food delivery, por exemplo, pode se dar muito bem no Chile, mas não na Colômbia, e o motivo disso podem ser vários. Tem questões legais, culturais e comportamentais. Para grande parte das startups que não são brasileiras custa muito entrar no Brasil, por exemplo. 

MFT – Como conciliar tendências, entre elas NFT, metaverso e outras, com desafios de curto prazo?

Mariano Sáenz – Somos muito bons em seguir tendências na América Latina. Muitas vezes, começamos a falar de algo e rapidamente aquilo se torna hot e já saímos com a percepção de que devemos investir. Eu sou muito cuidados nisso. Empreender algo porque todos estão falando no momento é algo a ter atenção. Sigo vendo que a realidade passa por fintech, e-commerce, logística, social-commerce, é onde eu mais vejo oportunidades. Olhamos muito para growth, buscamos companhias que querem tornar-se massivas e construir soluções para isso. Quando falamos em cripto, por exemplo, é legal colocar sobre a perspectiva do prático. Associadas a fintechs, por exemplo. Não necessariamente uma trend se torna realidade e é importante levar isso em consideração. 

MFT – Qual sua opinião sobre a maturidade do metaverso?

Mariano Sáenz – Quem tem a responsabilidade e a capacidade de ir pelo metaverso. Pode ser que a Meta tenha. Eles possuem recursos que um empreendedor talvez não teria e estão estudando a tecnologia há alguns anos. Começou com metaverso muito antes quando comprou a empresa de óculos. Além disso, a Meta tem caixa para fazer esses investimentos por muito tempo. Por isso, novamente, é preciso tomar cuidado com as trends e sempre pensar na realidade antes de se dar ao luxo de tentar construir a próxima realidade sem base.

MFT – Vocês se posicionam como aliados na formação de unicórnios, como isso se dá?

Mariano Sáenz – Acreditamos no valor do unicórnio e no potencial das empresas. Por isso, temos como premissa ajudar a fazer essas companhias crescerem. Como comentei antes, companhias com feat de mercado e que entendam suas métricas e necessitem escalar são as que gostamos de trabalhar. Nessa jornada temos duas etapas importantes: encontrar o feat de mercado e o que os clientes querem comprar e depois conectar com soluções que atendam a essa demanda. Sempre olhando muito para growth e para a soluções que ajudem as empresas a crescer de forma massiva preparando uma empresa para um Series B, C e D até se transformar em unicórnio. 

MFT – De que maneira a Winclap usa tecnologia para potencializar seu alcance?

Mariano Sáenz – Temos uma oportunidade muito interessante de contribuir para empresas que estão mudando indústrias e toda a região de forma muito interessante. Nossa obsessão é construir soluções para quem quer escala. Temos três soluções que ajuda neste sentido. Desde para maximizar os investimentos, temos inteligência artificial que faz alocações e otimiza os valores investidos. Outra solução é nosso estúdio que ajuda a construir conteúdo em escala e conectado com as demandas dos clientes na velocidade que eles exigem. Queremos ocupar o lugar do growth marketing para nossos clientes.

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