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Mafê Albuquerque, de Havaianas, comenta os objetivos da Pesquisa do Orgulho

Com o objetivo de lidar com o desafio da escassez de dados sobre a comunidade LGBTQIAP+ no Brasil, as Havaianas, da Alpargatas, em parceria com a All Out, MediaMonks e Datafolha, lançaram a Pesquisa do Orgulho. Maria Fernanda Albuquerque, VP Global de Marketing de Havaianas e presidente do júri dos Smarties 2022, da MMA Latam, explica que a pesquisa é parte de uma relação construída pela marca com esse público desde 2020.

Marketing Future Today – É notória a atuação da Havaianas em relação ao tema, o que nesta trajetória de apoio à causa fez com que vocês refletissem sobre a importância de apoiar uma pesquisa sobre o tema?

Mafê – Sim, Havaianas começou a construir uma relação mais próxima com a comunidade LGBTQIAP+ em 2020, com o lançamento da Linha Pride, que começou com um drop e hoje faz parte do nosso portfólio global permanente, revertendo 7% do valor líquido das vendas desses produtos para a ONG All Out, um movimento global de defesa dos direitos da comunidade. São mais de 30 produtos em linha e, nesses dois anos de parceria, já repassamos mais de R$ 2.7 milhões.  Desde então, começamos a nos aproximar mais da causa e ver que os dados sobre essa parcela da população são limitados e decidimos fazer algo. Essa escassez de dados e a ausência de um estudo com informações atuais e verdadeiramente representativas sobre a população LGBTQIAP+ no Brasil é um dos entraves para a expansão de políticas públicas e privadas que contribuam diretamente com esta comunidade. Na pesquisa, teremos tópicos que contemplam as orientações sexuais e identidades de gênero representadas pelas letras da sigla, além de outros tópicos como mercado de trabalho, garantia de direitos igualitários e representatividade. Os apoios da All Out e da consultora em criatividade e comunicação Cristina Naumovs em todo o processo, foi essencial para abordarmos o tema da melhor maneira.

MFT – A pesquisa tem um propósito social e voltado a temas que vão além do consumo, mas ela também pode, no futuro, contribuir para a perspectiva de consumo? Ou seja, que marcas e empresas atendam melhor a esse público?

Mafê – Com certeza! Acredito que o grande diferencial da Pesquisa do Orgulho é que, além dos dados demográficos como profissão, renda, educação, idade, identidade de gênero e orientação sexual, o questionário também aborda questões como sensação de segurança, respeito e representatividade nos meios de comunicação. Acredito que os dados terão uma grande importância para desmistificar a comunidade, combater o preconceito e mostrar que é uma comunidade com grande abrangência, que está em todas as classes sociais, nos 4 cantos do Brasil e sedenta por se ver mais no mercado. Com números é possível entender melhor a população LGBTAQIAP+ e encontrar formas de conversar genuinamente com ela.

MFT – Nestes anos atuando pela causa, o que Havaianas aprendeu sobre o tema? O que um tipo de envolvimento como o vocês decidiram tomar muda na forma de atuação de uma marca? Em resumo, o que vocês aprendem apoiando a causa?

Mafê – Aprendemos que ainda há muito a se fazer, e que é preciso consistência. Temos orgulho do que já conseguimos fazer em parceria com a All Out, através do repasse da coleção e de ações como o Acolhe LBGT+, por exemplo, e sabemos que ainda temos muita coisa para fazer. Havaianas tem suas causas e, em todas elas, buscamos parceiros que sejam experts em suas áreas para que o nosso investimento seja utilizado da melhor maneira possível. É assim com Pride e All Out, com as nossas collabs com o Instituto Ipê, com a Conservação Internacional (CI) e com a Gerando Falcões, por exemplo.

MFT – Por fim, o que você diria para outras marcas que querem atuar de forma mais efetiva com propósito (independentemente da causa) o que é importante ser levado em consideração?

Mafê – Primeiro, tem que ser algo genuíno, alinhado aos valores e territórios da marca. Se não, pode até funcionar por um tempo, mas uma hora o discurso fica vazio. Segundo eu acredito que o importante é começar cercada de pessoas diversas e que entendam o assunto em questão e ter em mente que é uma jornada constante de aprendizados e que não há linha de chegada.

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