A Parada do Orgulho LGBTI, que ocorre neste domingo, 6, ganhou elemento a mais: uma réplica da Avenida Paulista no Fortnite, jogo da Epic Games que possui mais de 200 milhões de jogadores no mundo, criada por Doritos Rainbow. A PepsiCo já realizou outra ação emblemática no universo imersivo do game, com Ruffles, ao recriar, no ano passado, a cidade de Porto Seguro. Ao Marketing Future Today, Daniela Cachich, SVP de Marketing Alimentos Brasil e CMO Latam da PepsiCo, fala sobre os aprendizados da estratégia entre as duas marcas e os games.
Como a experiência anterior de Ruffles ajudou vocês a levarem Doritos Rainbow para o Fortnite?
A experiência em Ruffles Porto no Fortnite nos mostrou a potência do universo de games, que hoje tem mais de 80 milhões de brasileiras e brasileiros e que atrai cada vez mais perfis diversos, principalmente se pensarmos nos chamados jogadores casuais. Observamos uma variedade de gamers de diferentes gêneros, idades e de diferentes comportamentos de consumo. É algo que vai além dos consumidores, extrapolando para uma pluralidade de pessoas que, atualmente, passam bastante tempo jogando ou acompanhando os jogos online. Oferecer uma experiência de marca neste universo é fundamental.
Qual a importância da conexão entre uma bandeira tão importante de diversidade e o ecossistema do games que também vive essa transformação baseada na inclusão?
É de total importância pensarmos na comunidade LGBTI+ como público consumidor de jogos online. Seja como gamer ativo ou como expectador de streamers, por exemplo. Atualmente, grande parte da população passa horas do dia assistindo streaming ou vídeos sobre games. Não tem como pensar em representatividade sem estar nesse ambiente. Por esses motivos, a proposta da “Avenida Doritos Rainbow” no Fortnite é que todas as pessoas, não só os da comunidade e aliados à causa, possam interagir nas experiências do mapa e se aprofundar no universo LGBTI+ de forma gamificada.
“Os festivais e eventos não deixarão de existir, mas enxergamos uma grande movimentação para a diversificação e para as novas maneiras de interação via streaming”
Por fim, como você enxerga o papel de universos imersivos como esse de Fortnite para o futuro dos eventos e experiências?
Fundamental. É sobre entender que esse ambiente é uma continuação de interações e conexões de marca. É sobre entender suas consumidoras e consumidores e estar presente de forma relevante em um universo que faça sentido para a audiência, e que passa a ser tratado como “meio” e não somente como entretenimento. Os festivais e eventos não deixarão de existir, mas enxergamos uma grande movimentação para a diversificação e para as novas maneiras de interação via streaming.